Lojas de materiais de construção sofrem redução nas vendas em Goiás

As lojas de materiais de construção têm feito de tudo para atrair clientes em Goiás. Mesmo com as promoções, as vendas reduziram, provocando a demissão de funcionários nas indústrias. “Temos hoje aqui 20, 30 até 50% de desconto para atrair clientes, mas não atrai com a mesma intensidade que uma época boa de vendas”, conta Leonardo Lelis Rocha, gerente de uma loja em Goiânia.
No país, segundo a Associação Brasileira de Materiais de Construção, as vendas caíram 7% no primeiro semestre deste ano. Com medo de não conseguir quitar as contas, a vendedora Valdenice Pereira de Sousa teve que interromper a construção de um sobrado.
“Quando eu fiz o alicerce paguei tudo à vista. Depois, eu pensei se eu continuar vou ter que pagar mão de obra, comprar mais material, então não vai dar. Eu senti que não era a hora certa de continuar, era melhor parar do que fazer dívida”, afirma.
A maioria das pessoas que frequenta as lojas é porque economizou. “Eu já tenho o dinheiro reservado. Assim, você pode conseguir um valor mais em conta [dos produtos]”, conta o estudante universitário Tadeu Emanuel Sirino.
A queda nas vendas interfere diretamente nas indústrias, que reduzem a produção e, por consequência, demitem funcionários. De acordo com a associação, as fábricas de materiais de construção ofereceram 30 mil empregos a menos do que em 2014.
Diretor administrativo de uma das maiores indústrias de tintas do Centro-Oeste do país, Breno Xavier de Brito conta que já demitiu 20 funcionários. “É um efeito em cadeia. Esse colaborador que foi demitido deixa de ter renda, não reforma a casa dele, não consome nossos produtos, igual todos os outros trabalhadores que são demitidos”, conclui.
Fonte e foto: G1 / TV Anhanguera

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